terça-feira, junho 15, 2010

Brasil: amor e ódio

Quatro anos atrás, no dia 02 de junho, escrevi o que penso sobre o Brasil na Copa do Mundo e a postura dos brasileiros diante deste espetáculo milionário. Depois destes anos, mantenho a mesma opinião. Detesto Copa do Mundo. Detesto o patriotismo que invade o coração e o cotidiano brasileiro. Detesto ver a bandeira verde e amarela nas janelas das casas. Aqui da Itália, detesto ainda mais ver os torcedores brasileiros vestidos com as cores do Brasil. Toda esta aversão tem um simples motivo: onde estão os brasileiros que choram, que gritam, que torcem, que brigam, quando o PT usa o dinheiro público para campanha política, quando Tuma Junior negocia contrabando com a máfia chinesa? Onde está o patriotismo destes quase 190 milhões de brasileiros durante os outros dias, meses e anos fora da Copa do Mundo?

Mas, por outro lado, vivendo fora do Brasil, me vem um sentimento extremamente ambíguo que me deixa ainda com mais raiva. Detesto ver o meu país desta maneira exatamente porque o amo imensamente! Amo este povo que luta dia e noite por uma vida digna. Amo este país tão rico, tão lindo, com um clima tão maravilhoso! E é por amá-lo que não suporto ver o que estão fazendo a tudo isso. A este povo,que merece muito mais do que quatro dias de alegria no Carnaval ou um título de hexa campeão para sentir orgulho da sua pátria. Não suporto ver o imposto pago com suor e trabalho dessa gente sendo usado para pagar mordomias políticas, orçamentos superfaturados, luxo e mais luxo, campanhas políticas! E nada... absolutamente nada acontece aos que nos roubam dia após dia!

Detesto ver milhões de brasileiros tendo que receber um Bolsa Família para pode comer enquanto os cofres públicos nunca estiveram tão cheios. Detesto saber que, de tudo o que o país arrecada, somente 2% realmente volta para o país como investimento enquanto o restante é usado para pagamento de despesas (altíssimos salários, pensões e desvios). Detesto saber que o brasileiro poderia ter uma vida absurdamente mais digna se não fosse governado por sucessivos ladrões.

Portanto, neste dia de estréia de Dunga no mundial da África do Sul, torço contra. Torço contra a corrupção, a injustiça, a falta de direitos, a censura e a conivência que governam o meu país! Torço contra este sentimento patriótico que, de concreto, não muda em nada o país. Como disse quatro anos atrás, é um sentimento que só nos afasta ainda mais do que importa neste momento: a realidade do país.

Hoje, quando a seleção brasileira entrar em campo, me desculpem, mas não vou usar verde e amarelo. Não vou soltar aquele grito de gol. Aliás, nem sei se vou assistir ao jogo. Talvez sim, para ver a bola balançar a rede e marcar um gol para a Coréia do Norte. País, aliás, que pode refletir o futuro do nosso Brasil caso o brasileiro continue a se interessar tanto pelo futebol.

sexta-feira, junho 04, 2010

Depois de rir, pense bem...



Embora o momento seja crítico - por revelar o quanto cresce a inteligência perversa dos radicais islâmicos - o mundo ainda faz piadas sobre tudo isso. Eu não sou capaz... para mim é muito mais triste do que cômico. Porém, indiscutivelmente, é um modo de fazer chegar a verdade ao conhecimento coletivo, por isso, reproduzo aqui dois vídeos.

Um deles, o mais recente (publicado acima), foi divulgado, por "erro", pelo próprio governo de Israel. Em um comunicado oficial, o porta voz israelense diz que um comunicado interno afirmava que deveriam tomar cuidado com o vídeo, mas o link acabou caindo na rede por "engano". O vídeo se chama “Flotilla-We con the world” (Flotilla, nós enganamos o mundo).

O outro, é um programa de humor, também em Israel, que critica a posição de Lula no acordo entre Irã e Turquia. Imperdíveis!



Voltando à seriedade do tema, foi-se o tempo em que...

... o Oriente Médio era só um capítulo no livro de História Geral.
... a guerra era travada em um campo de batalha com soldados armados.
... o jornalismo investigativo era a base da notícia.
... os radicais eram barulhentos, enlouquecidos e inconsequentes.

Hoje, estamos em um tempo em que os conflitos na faixa de Gaza batem às portas de todas as naões, inclusive o Brasil, graças aos interesses pessoais de Lula.

Hoje, estamos num tempo em que a guerra tomou lugar no campo das comunicações, nas propagandas, nas alianças internacionais, nos acordos firmados sobre um imenso tabuleiro onde as peças se movem em direção a interesses cada vez mais perigosos.

Hoje, as grandes empresas de comunicação são veículos de repetição que, na maioria das vezes, servem apenas para reforçar uma imagem superficial a respeito de tudo. É a banalização da verdade.

Hoje, os radicais aprederam que, mais do que explodir aviões, o caminho para a destruição do inimigo é enfraquecê-lo diante do mundo. Expôr suas fragilidades. Pressioná-los a um ponto que os leve a agir precipitadamente, obviamente sob holofotes do mundo inteiro.

O episódio das frotas "humanitárias" turcas, só teve um vencedor. O Hamas, exército radical islâmico que governa Gaza desde 2007. E isso, não é para ser comemorado em lugar nenhum do Planeta! Não deveria ser, mas bem sabemos que há muitos que estão por aí repetindo discursos antissemitas sem pensar que, por trás de tudo isso, ganha o terrorismo mundial. Ganha Ahmadinejad, ganham os governos ditadores e as potências esquerdistas. Por isso, o Brasil tanto condena a ação de Israel à "Frota da Liberdade" que seguia para Gaza.

Espero que, a este ponto, passados alguns dias do episódio em alto mar, já seja de consciência comum que a frota não era humanitária, mas usou pessoas para levar o exército de Israel a usar a força contra si mesmos. Um Cavalo de Tróia às avessas. Um só não, seis. Ou isso ainda não ficou claro?

O erro de Israel foi ter reagido como se estivesse num campo de batalha. E estava, mas os inimigos não usavam armas de fogo. Usavam vidas, usavam a opinião pública, usavam o escudo "humanitário". Turquia, Hamas e todos os países aliados comemoram hoje a queda parcial do bloqueio a Gaza já anunciado, não oficialmente, pelo governo de Israel que, a este ponto, perdeu mais uma batalha importante.

Depois de ser questionado pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) por suas possíveis armas nucleares, mas que não questionou o Irã ou a Coréia ou a Índia ou o Paquistão, Israel soma mais esta derrota. E, se perde Israel, perdem também os Estados Unidos e, por consequência, fortalecem seus opositores. Entre eles e eles, eu fico com eles. Entendeu?

Foi-se o tempo em que tudo era às claras, minha gente!