sexta-feira, janeiro 18, 2008

O preço da desconfiança

Um jovem de 20 anos está com hepatite e uma senhora, com choque anafilático. Ambos receberam dose dupla da vacina contra febre amarela, informa o site G1. Segundo os médicos, a vacina contra a febre amarela tem eficácia por 10 anos não havendo necessidade, portanto, de tomar outra dose neste período. Mas não foi isso o que estas pessoas acharam e resolveram reforçar a dose, um ou dois dias após tomarem a vacina.

A questão é "Por que tomaram esta decisão?". Terá sido por falta de informação ou por falta de confiança?

Duvido muito que, ao tomar a vacina, a enfermeira não tivesse avisado sobre o prazo dos 10 anos. Se assim ocorreu, a negligência na saúde está feia, mesmo.

Acredito mais na total falta de confiança na saúde pública do que em qualquer outra coisa. É uma triste radiografia dos nossos tempos que pode ser vista nas enormes filas (foto) que têm se formado em frente aos postos de saúde. Milhares de pessoas têm se vacinado contra a febre amarela mesmo sem "necessidade", ou seja, mesmo que não estejam de viagem marcada para os locais de risco.

Como se o país não fosse um grande "local de risco"...

(foto:Wilton Junior/AE)

Viva a Vitória!

Vitória já nasceu com uma batalha ganha. A luta contra o vírus da Aids. A mãe de Vitória, Luciane Aparecida Conceição (foto), é soropositivo desde que nasceu e não transmitiu o vírus para o bebê.

Leia aqui a história da Luciane, de como ela contraiu o vírus, como se tornou a primeira criança no mundo a tomar o coquetel contra a Aids, como foi a decisão de ter um filho e como a Justiça se posicionou neste caso.

Vitória é mais do que um lindo bebê. É o ponto final de uma vida marcada pelo erro de um hospital.
(foto: Agência Estado)