segunda-feira, abril 30, 2007
Abril vermelho... de raiva!
O movimento nega que tenha batizado o período de "AbrilVermelho". Para eles, as ações se intensificam neste período "em memória aos 19 trabalhadores rurais mortos em Eldorado dos Carajás, em 1996". A data virou "Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária". Tudo isso pode ser muito bonito, comovente, se não fosse por alguns detalhes que valem a pena serem lembrados sempre!
O MST deixou, há muito tempo, de lutar pela terra (se é que algum dia foi este o verdadeiro objetivo do grupo). O movimento, fundado em 1984, começou na década de 1950 com as Ligas Camponesas, no Recife, e é hoje muito mais uma questão política do que rural. Mesmo que fosse por um objetivo agrário, isso não lhes dá o direito de invadir nada público ou privado. Quem aqui já invadiu uma concessionária para pegar a sua cota de BMW? Ou, o que seria mais interessante ainda, tomar um prédio inteiro de um banco para reivindicar sua parte nas ações?
A maioria das pessoas de bem teve um mês bem diferente. Muitos acordaram ainda de madrugada, pegaram várias conduções até o trabalho, aguentaram o chefe reclamando de tudo e de todos e só saíram do trabalho depois das 6 da noite. No final do mês vão pegar um salário quase 30% menor do que o esperado porque a diferença é descontada em impostos.
Ah, é verdade, eles não são como nós, meros mortais, cujos salários precisam ser esticados mês após mês. Os sem-terra têm um padrinho bilionário que sustenta suas "ideologias sociais". Um padrinho que lhes repassou 39,9 bilhões de reais em quatro anos, valor quatro vezes maior do que o repassado pelo governo FHC. O que me enfurece é que este padrinho, que veste a faixa presidencial, faz farras não com o dinheiro dele e sim com o dinheiro deste mesmo povo que, um dia qualquer, se vê acuado com centenas de famílias com enxadas, pás e foices nas mãos invadindo suas terras.
Semana passada estas famílias invadiram uma fazenda particular em Sorocaba(SP) e pediram proteção da polícia por terem sido ameaçados por uma "milícia armada". A polícia diz que esteve no local, mas para acompanhar um oficial de justiça que foi à fazenda entregar uma decisão judicial para que os sem-terra saíssem da propriedade. Era só o que me faltava. A polícia ser deslocada de seu dever para com o cidadão de bem para proteger bandido. Esta historinha já vemos centenas devezes nas idas e vindas dos presos deste país. Não precisamos, agora, ver que, além de levarem nosso dinheiro para seus assentamentos, ainda estão levando nossa polícia para lhes dar cobertura no crime.
As inversões de valores que estamos vivendo promete um futuro de vários meses vermelhos. E a cor poderá vir não das bandeiras do MST e sim, da reação - já tardia - deste povo que não aguenta mais servir de capacho deste e de outros grupos de terroristas que passaram a ditar as regras neste país.
domingo, abril 15, 2007
Eles querem nossos filhos
Antes de qualquer coisa, peço ao leitor que leia esta seqüência de verbos:
"acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc, etc".
Enquanto lê, certamente imaginou um personagem para a cena. Agora tente defini-lo. Segundo o livro didático de redação - usado por uma estudante de 14 anos em escola particular - do qual este trecho foi extraído, é a maneira de “como se conjuga um empresário”.
Se você ficou pasmo(a) como eu, então continue a leitura. Caso contrário, melhor mudar de página porque, certamente, não gostará do que vou descrever abaixo.
Crente de que se tratava apenas de um engano, a mãe desta estudante pegou outras apostilas. Infelizmente ela encontrou mais. Na apostila de História, destacam-se os trechos:
"O progresso técnico aplicado à agricultura (...) levou o homem a estabelecer seu domínio sobre a produção agrícola em detrimento da mulher".
".....a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais - daí as classes sociais - e a um poder teoricamente colocado acima delas, como árbitro dos antagonismos e contradições, mas que, no final de tudo, é o legitimador e sustentáculo disso: o Estado".
O conteúdo, não só de mau gosto como também altamente tendencioso, levou a mãe - que também é jornalista - a retirar a filha da escola e denunciar a instituição em um artigo. A briga foi parar na justiça e, até o momento, apenas a mãe teve que cumprir uma ordem judicial: retirar o nome da escola do artigo. A jornalista e dois editores onde o artigo foi publicado respondem processo na justiça.
Esta é a educação que estão oferecendo aos nossos filhos. Muitas escolas (públicas e particulares) estão usando métodos da antiga cartilha comunista de “como recrutar jovens da maneira mais fácil possível”.
Encontrei, na internet, várias denúncias desta prática vindas de pais e até professores. Profissionais que se sentem atropelados pelos canhões silenciosos da doutrinação dentro de sala de aula, como relata este professor de Filosofia:
... “não suporto mais o clima sufocante que o ativismo esquerdista fez pairar sobre nossas instituições de ensino”
... “Espero de coração que muita gente, para o bem de seus filhos e do Brasil, entre nessa cruzada contra a barbárie e em defesa do verdadeiro ensino E acho que a coisa tem de começar já nas escolas primárias e secundárias, onde a atuação dos doutrinadores esmaga e transforma num mingau indigesto o cérebro de nossos jovens, porque nas universidades o "Leviatã" já se apossou de suas almas e afirma, de púlpito, que o inferno é aqui.”
Em outro caso, uma escola em Bagé (RS) – também particular – estaria usando um livro “didático” para a 5ª série (isso mesmo, 5ª série!!!!) de “Geografia”, em que os alunos são bombardeados com ensinamentos do tipo:
... “propriedades grandes são de ‘alguns’ e que assentamentos e pequenas propriedades familiares ‘são de todos’. Aprendem que ‘trabalhar livre, sem patrão’ é ‘benefício de toda a comunidade’. Aprendem que assentamentos são ‘uma forma de organização mais solidária... do que nas grandes propriedades rurais’”
Para completar, diz o artigo “A Revolução Silenciosa”, os jovens são obrigados a ler um texto do líder do MST, João Stédile!!!!!
É cruel demais ver nossos jovens, que já passam por tantas provações que a fase lhes incide, serem doutrinados desta maneira, à luz do dia, silenciosamente e debaixo dos nossos olhos! Façamos as contas. Lula está no governo há 5 anos. Quando ele entrou, uma criança de 11 anos, sendo “educada” desta maneira, hoje, aos 16, estaria apta a votar. Preciso falar mais alguma coisa?
Todos sabem que as escolas sempre serviram de palanque. A diferença, hoje, somos nós (pais) e o acesso à informação. Ter uma conversa franca com os filhos e procurar mostrar-lhes todos os lados da História - hoje em dia - está sendo fundamental para garantir a saúde mental dos nossos jovens!
Mas não acabou, companheiros!
Só para lembrar, em fevereiro, a revista Veja publicou uma entrevista com o ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Roberto Abdenur, em que ele denuncia uma doutrinação idelológica dentro do Itamaraty.
“Está havendo uma doutrinação. Diplomatas de categoria, não apenas jovens, são forçados a fazer certas leituras quando entram ou saem de Brasília. Livros que têm viés dessa postura ideológica. É uma coisa vexatória. O Itamaraty não é lugar para bedel.”
"Um processo de doutrinação assim no Itamaraty não aconteceu nem na ditadura".
Pode ser pior? Pode.
Recebi, recentemente, um email com uma questão formulada em uma prova da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A questão apresentava um conceito tão ideológico que achei que fosse piada. Não era. Assim como também não era ela a única questão a me chocar. Só para se ter uma idéia, vou deixar aqui um gostinho:
22. Aponte os exemplos de homens éticos com visão filosófica engajada (para além da hipocrisia):
A) Bush, Olavo de Carvalho, Editora Abril, Inocêncio de Oliveira e Roberto Marinho.
B) Dalai Lama, Gandhi, Marina da Silva, Frei Beto e Dom Helder.
C) FHC, Marco Maciel, ACM, Ratinho e Reginaldo Rossi.
D) Leonardo Boff, Irmã Dulce, Ariano Suassuna, Betinho e Zilda Arns.
E) Dalai Lama, Gandhi, ACM, Frei Beto e Leonardo Boff
Agora, imagine, caro leitor, como será a tal TV Pública... aliás, com um governo munido de tantos instrumentos de doutrinação assim, pra quê TV Pública, não é mesmo? Talvez para garantir os 10 milhões de empregos que Lula tanto disse que criaria no primeiro mandato. Até dezembro do ano passado, o IBGE apontou pouco mais de 2 milhões de novos empregos em 4 anos de governo.
***As denúncias foram retiradas do site “Escola sem Partido”, criado em 2004 para denunciar práticas de doutrinação ideológica dentro das escolas:
Luta sem Classe (Míriam Macedo)
A Revolução Silenciosa (Diego Casagrande)
Denúncia de doutrinação ideológica no Itamaraty
Uma prova da Universidade Federal de Pernambuco e a revolução cultural do ministro Haddad
terça-feira, abril 10, 2007
Cadê o recheio do bolo?
Levando em consideração que a pesquisa esteja correta (porque neste país começo a duvidar cada dia mais de tudo e de todos!) a aprovação do presidente subiu para o mesmo patamar em que estava em maio de 2005, semanas antes de estourar o escândalo do mensalão. Como lembrou bem o comentarista Joelmir Beting, no Jornal da Band (10.04), isso quer dizer que a imagem de Lula resistiu ao mensalão, à crise aérea e ainda levou uma reeleição entre uma crise e outra. É muito prestígio para tanto descaso! Sem falar nos gastos com cartões de crédito (investigados pelo TCU), repasses irregulares às obras do PAN (também investigados pelo TCU), prorrogação da CPMF por mais 10 anos, envio do nosso dinheiro para países da América Latina, falta de investimento na segurança pública (entre muitas contradições da pesquisa, quase 91% dos entrevistados dizem que a violência aumentou!), etc (sim, vou apelar para o etcetera porque estou mesmo farta dessa besteira toda de política).
O que importa é que o brasileiro não quer saber de nada, só de ter seus benefícios pagos pelo governo e de andar de ônibus (porque "pobre anda de ônibus e não de avião", como dizem os lulistas), mesmo que as estradas estejam um caos e coloquem em risco a vida de famílias inteiras!
Pobre quer ter escola de graça (mesmo que as condições de ensino não sejam lá essas coisas - faltam carteiras, merenda, professores ETC, porque o dinheiro é desviado desde o Ministério da Educação até às prefeituras). Mas não importa, a escola é de graça... graças ao Lula! E viva o Lula, viva a cegueira do povo brasileiro!
O Jornal Nacional desta terça-feira preocupou-se em justificar o aumento da popularidade do populista. Segundo a reportagem, a diferença social caiu 4,6%. Mas é óbvio que caiu! O pobre hoje tem mais dinheiro no bolso (ou vales gás, refeição, ETC). Entre os mais ricos (entende-se banqueiros) a renda caiu apenas 1,2% enquanto a renda dos pobres aumentou em 36% (entre 2001 e 2005).
Se você, leitor, também sentiu falta da classe média nesta conta, tem uma explicação. Ela não existe mais. O governo conseguiu fazer com que grande parte da classe média fosse achatada e outra pequena parte (com sorte e influência) subisse para a classe mais alta. Em resumo - e falando em culinária - o recheio do bolo sumiu mas.... não importa. O que vale é que tenha bolo para a festa, regada à muito funk, pagode e linguiça no forno pra assar. Sem falar na cachaça, é claro.
PS: o que poucos se lembram é que a renda de muitos pobres e da "classe média" está vinculada aos milhões de empréstimos bancários. "Nunca antes na história desse país" o povo brasileiro teve tantos empréstimos, nunca antes teve tantas facilidades de pagamento... nunca antes o povo esteve tão endividado... enquanto os bancos, nunca antes tão ricos. Uma hora esta receita vai desandar!
PS2: antes que digam que estou "ferida" com o desaparecimento da classe média, não custa falar o que pode não ter sido entendido. Eu só não entendo como este povo, que merece tanto, se dê por satisfeito com as esmolas que recebe, ao invés de reivindicar o certo: emprego, oportunidade, saúde, estradas, escola (com equipamentos, professores, uniformes e merenda escolar), segurança (informatizada, equipada, limpa), ETC.
sábado, abril 07, 2007
Chance perdida
Quarenta e nove aeroportos e millhares de passageiros ficaram à mercê das negociações entre controladores de vôo e o governo. Enquanto os passageiros esperneavam (com razão), fotos tiradas de dentro da sala de controle mostravam os militares de braços literalmente cruzados enquanto poucos controladores civis faziam o monitoramento apenas dos aviões que estavam no céu.
Neste momento, o Brasil parou junto com os controladores. Passageiros exigiam a presença das autoridades, culpavam o governo pela falta de investimentos. Rasgavam títulos de eleitores. Xingavam o presidente e apoiavam o motim. Funcionários e donos das empresas aéreas juntavam-se aos passageiros e exigiam providências do governo, cuja omissão já lhes causava milhões em prejuízo, em mais um apagão aéreo.
Assistindo à esta movimentação, policiais militares somaram à revolta. Espalharam panfletos denunciando privilégios aos bandidos e a humilhação a que são submetidos por falta de investimento e segurança pública. Oficiais do exército cercaram o Congresso Nacional exigindo votação imediata das leis que garantem às famílias dos oficiais mortos por comunistas, indenização igual aos que recebem as famílias dos “revolucionários”.
Assim que chegou a Camp David (EUA), Lula soube da confusão que se instalara no país e não demorou muito para saber que era o fim. Fim das atrocidades que vinha cometendo contra o país. Fim da cegueira e dormência a que pareciam estar submetidos os brasileiros. Exilado nos EUA, Lula enviou um comunicado oficial renunciando ao cargo.
Claro que quase tudo é uma grande ficção. Um sonho em que estou mergulhada há alguns anos. Infelizmente, só o motim dos controladores de vôo e o caos instalado nos aeroportos é verdade. Uma semana depois, tenho muito mais certeza de que, entre o “agora ou nunca”, o NUNCA venceu.
A verdade é que Lula, voando tranquilamente entre o Brasil e os Estados Unidos, anistiou os amotinados, ordenou que fosse amenizada a crise com um acordo que, dias depois, seria praticamente jogado no lixo. Para o lixo foi, também, a ousadia dos controladores militares que, dias depois do motim, pediram "desculpas" à população pelos transtornos causados pelo último apagão.
Dinheiro para atender às necessidades dos controladores de vôo e da segurança pública em geral, não falta. Temos dinheiro até para mandar pra fora! Os R$ 20 milhões destinados à reforma agráraria NA VENEZUELA só não saíram do papel, ainda, porque o Senado ainda não aprovou a Medida Provisória assinada pelo governo, mas já passou ilesa pela Câmara.
Se tem dinheiro pra os Venezuelanos, para os funcionários da Presidência da República, também. Sobra tanto que financiamos viagens, hospedagens e locação de veículos muito acima do normal, pagos com cartões de crédito corporativos do governo e apontados pelo Tribunal de Contas da União como suspeitos. Em apenas 3 anos (de 2002 a 2005) o TCU encontrou indícios de irregularidades em 35% das notas fiscais apresentadas pela Presidência. Estamos falando em R$ 482,5 milhões! Muitas delas possuem endereços falsos e alteração de valor pelas empresas prestadores de serviço.
Cartões de Crétido à parte e voltando aos caos aéreo, o major-brigadeiro Renato Cláudio Costa Pereira, ex-diretor da Organização de Aviação Civil Internacional – órgão que regulamenta o transporte aéreo no mundo – pede à população que faça a pergunta certa: "...para onde foi o dinheiro arrecadado com as taxas do tráfego aéreo, e porque não foram direcionadas para o Departamento de Controle, que carecia tanto de equipamentos e investimentos”. Em entrevista ao jornalista Sidney Rezende, ele vai além. Diz ainda que uma auditoria internacional deveria ser instalada para averiguar o destino de milhões de reais não empregados no controle aéreo.
Em 2003, o Conselho de Aviação Civil (Conac) alertou sobre um possível apagão aéreo em pouco tempo, graças à falta de investimento no setor. Mesmo assim, 3 anos depois deste alerta, o governo teimava em aplicar apenas 53,6% da verba que seria destinada ao programa “Proteção ao Vôo e Segurança do Tráfego Aéreo”. Do final de 2006 pra cá, os cofres foram abertos e, mesmo assim, a burocracia fez com que apenas 17,2% do orçamento anual fosse efetivamente pagos até o início de abril.
Em 1964 as forças armadas demonstraram para que serve um exército afinal. Contiveram a tentativa de entrada do comunismo em nosso país (que já durava mais de 30 anos e contava, naquele momento, com a conivência do presidente João Goulart).
Não cabe, agora, discutir os fatos seguintes, pois os abusos de ambos os lados vitimaram cerca de 500 civis e outros 500 militares. Mas, fica uma única pergunta: 43 anos depois da revolução de 64, como estão os países comunistas hoje?
Ai, que saudades do Exército!