sábado, agosto 20, 2005

É isso que dá!


Ah, como é bom viver para presenciar a maravilha da física. É, pq o que está acontecendo com o caso Buratti x Palocci nada mais é do que ação-reação, concordam?

Eu já tinha avisado que o Buratti estava sozinho, abandonado e preso... e que, ser amigo de Palocci era a mesma coisa que nada! Resultado, ia abrir o bico mesmo! E abriu.. abriu um bocão danado! Vai rindo, Palocci... vai rindo!

Não quero agora comentar as denúncias, pq isso ainda vai dar pano pra manga, mas só deixar algumas dúvidas minhas....

Estranho o promotor sair do depoimento só para avisar a imprensa sobre o que Buratti estava falando, vc´s não acham? Será que ele queria só aparecer ou tinha outros objetivos?
Não foi Buratti quem pediu a delação premiada e sim o MP que ofereceu, exatamente no momento em recusam o recurso ao doleiro Toninho da Barcelona e tb ao publicitário Márcos Valério. O MP queria mesmo que ele falasse... pq?

De quem é o dedo por trás disso tudo? Oposição ou José Dirceu?

Êpa, e tem diferença?

quarta-feira, agosto 17, 2005

Amigo poderoso

Quem se dá melhor, amigo do ministro Antônio Palocci, o homem (até então) forte do governo Lula, ou de Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do enlameado PT?

(pausa para pensar...)

Eu ficaria com o Delúbio... amigo do Palocci tá mal na fita!

Esta foi a conclusão que cheguei depois da prisão de Rogério Buratti (foto). Tanto ele, quanto Marcos Valério, são acusados de tentar destruir provas contra eles mas, o "day after" de um e de outro é bem diferente...

Marcos Valério, o cabeça (sem cabelos) do Valerioduto, está livre por aí, sentindo-se a "bala que matou o Kennedy".

Já Rogério Buratti foi prestar depoimento e saiu algemado da delegacia. O depoimento era sobre fraude em licitação de empresa de coleta de lixo em Ribeirão Preto. Buratti era secretário de governo de Palocci quando este era prefeito de Ribeirão Preto. Como um marido traído, Buratti foi o último a saber o que estava acontecendo. A arapuca estava armada. O pedido de prisão já estava esperando por ele!

Já com Marcos Valério, amigo de Delúbio, foi diferente.... bem diferente!

Falemos sobre destruição de provas... A polícia encontrou mais de duas mil notas fiscais da empresa de Valério parcialmente queimadas no quintal da casa do irmão do contador dele. Seriam provas de superfaturamento de contratos usados para lavagem de dinheiro.

Se não bastasse, mentiu várias vezes, confessou ter cometido crime fiscal, chegou ao depoimento com habeas corpus (que lhe dava o direito de não responder às perguntas que pudessem incriminá-lo), teve o pedido de prisão temporária negado pela justiça e (segundo as más linguas - ou muito bem informadas) recebeu conselhos do Ministro da Justiça de como se safar junto com o PT e o presidente Lula.

Ah, tadinho do Buratti...se ele conhecesse o poder de um tesoureiro...
(foto de Buratti - Célio Messias/Agência O Globo)

terça-feira, agosto 16, 2005

Rir, para não chorar!



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A PF é meio tucana

Quem não se lembra desta frase dita por Roberto Jefferson no depoimento dele na comissão de ética?
Ele se referia a um comentário dito por José Dirceu quando indagado sobre o dinheiro para a campanha do PTB que não vinha nunca. José Dirceu (segundo Jefferson) disse que "a PF é meio tucana, meteu na cadeia 62 doleiros e o nosso pessoal não está conseguindo internar dinheiro".
Agora as peças começam a se encaixar melhor. Prenderam doleiros, os mesmos que levavam e traziam de volta o dinheiro do PT dos paraísos fiscais.
Para quem gosta de teorias conspiratórias, esta é boa: os tucanos prenderam os doleiros para levar o PT à falência.
Taí, gostei. Pode ser conspiratória, mas faz sentido!
Aliás, hoje tem Toninho da Barcelona na CPI dos Correios. O doleiro que "liderou uma rebelião no dia que a filha iria visitá-lo na cadeia e justo quando ia contar tudo à imprensa sobre a remessa de dólar do PT"... vem mais caldo por aí!
Até mais.

Isso não vai dar certo...



Quem leu o texto "Aos meus filhos", do blog Amor & Amizade, sabe que estou num momento de êxtase com minha nova filhinha e, por isso, tenho sido relapsa com meus comentários. Não que interesse a muita gente, mas faz bem falar, confabular, ativar os neurônios, ao invés de só ficar babando na cria. Por falar nisso, ela está linda!
Mas vamos ao comentário.
Não sou expert em nada, muito menos na Reforma Política que tanto querem aprovar. Aliás, principalmente nisso, mas dediquei algumas poucas horas - entre uma mamada e outra - para ler um pouco sobre a reforma.
Aquilo não é uma reforma, é um remendo! Alguns pontos básicos (e tristes):
- as campanhas políticas serão financiadas apenas com dinheiro público;
- os candidatos vão compor uma lista fechada, você vota no partido e o partido elege os que encabeçam a lista (ou seja, os de sempre);
- o candidato tem que estar no partido por um tempo mínimo (2, 3 ou 4 anos, ainda não decidiram).
Parei por aí. Primeiro, porque o financiamento público de campanha não vai evitar que empresas privadas contribuam com as campanhas políticas, pelo mesmo motivo que o fazem hoje: garantir o apoio do candidato caso ele seja eleito. Além disso, a previsão para o gasto de dinheiro público nas campanhas é de R$ 7 por eleitor, o que daria cerca de R$ 900 milhões.
Como o governo vai arrumar este dinheiro? Desviar das nossas estradas, escolas, hospitais e segurança? Ou o governo pretende aumentar os impostos para garantir essa bagatela de 900 milhões? Não estou gostando nada disso...
Votar no partido e ser refém de uma lista fechada? Também não quero. Tenho o direito de escolher quem eu quiser. Já está difícil escolher, imagine ficar nas mãos da escolha deles! Os pequenos partidos serão extintos. Adeus, PSOL!
E a fidelidade partidária então!? Voltemos ao exemplo do PSOL. Heloísa Helena foi expulsa do PT por defender o ideal petista (contraditório, mas verdadeiro). Como fica o político que sair (ou for expulso) do partido porque este mesmo partido abandonou seus antigos ideais? Ela não poderá ser candidata porque não foi "fiel ao partido"? Quem não foi fiel a quem?
Olha, isso não vai dar certo... estão querendo aprovar este remendo político no final do segundo tempo para garantir as próximas eleições. Eu não quero! Queria uma reforma de verdade: diminuir o número de deputados e senadores; diminuir o tempo da campanha (um mês seria o suficiente); proibir cartazes, folhetos, faixas, banners, brindes e usar o programa eleitoral gratuito para debates em rede nacional; proibir qualquer contribuição financeira para campanha política (quer ser candidato? venda o carro, a casa, arrume empréstimo, se vira meu caro! Se eleito, já vai receber muito por quatro anos...); e que tal extingir os quase 20 mil cargos de confiança?
A discussão e as idéias vão longe. Mas eu só posso concluir que, do jeito que eles querem, não vai dar certo... acho melhor voltar a babar na cria!